2 em 1 é uma má soma

Quando o sector dos casamentos se tornou relevante, foi todo um universo de novas perspectivas que se abriu qual caixa de Pandora.

O começo foi auspicioso, brilhante e cheio de gente jovem que, de forma solidária e aventureira, se lançou entusiasmada na procura duma saída profissional mais livre, mais criativa e que possibilitasse um modo de vida mais autónomo e interessante. Tudo estava no começo e, como em todos os começos, somos inocentes e acreditamos que vamos fazer a diferença.

Mas aqui estamos chegados. A curva ascendente fez o seu caminho e estatelou-se na pandemia. Neste percurso, fomos obrigados a repensar o que andamos e como andamos a fazer todo este caminho de passagem do amador para o profissional, e do negócio informal para o negócio mais sério. Mas também do amador empreendedor para o empresário sério e focado no negócio. Tudo variáveis do que se chama habitualmente CRESCIMENTO!

As transformações têm custos e este sector em particular enfrenta (por agora) uma procura maior do que a oferta existente. As pequenas marcas (que são quase todas), debatem-se com o mal geral i.e., falta de mão-de-obra, aquilo que é fundamental para um bom desempenho, funcionalidade e crescimento do negócio.
E… todos querem crescer e depressa se possível, não vá o diabo tecê-las e termos nova recaída.

Olhando para o panorama actual, a procura de braços é visível e muito salutar, pois não deixa de nos dar uma pista sobre o que ainda vêm aí e do quanto os empreendedores olham para o futuro de forma positiva. Mas há algo que não parece bem no horizonte, estamos a querer recrutar à moda antiga e o mundo mudou - e de que maneira!
As pessoas querem e anseiam por trabalho, mas não a qualquer custo ou forma. A troca de trabalho versus remuneração, está mais definida e exigente.

E por conseguinte, não se pode contratar só porque a exigência maior de tarefas assim o exige. Os dias de hoje obrigam a quem contrata, pensar porque o faz e como pode atrair talento e torná-lo numa mais-valia para o seu negócio. Ou seja, a contratação deve ser clara, transparente e não uma enorme check list de tarefas para as quais não temos recursos suficientes. Queremos um criativo ou um operacional?
Bem vistas as coisas, tanto a formação como as competências exigíveis são muito diferentes.

Até pode haver skills coincidentes, mas um criativo chega a um resultado e o operacional a outro. E se há algo que define este sector são estes dois tipos de profissionais e o seu resultado final. O que imagina e concebe a ideia maravilhosa e o que executa de forma extraordinária o “sonho”.

Para este sector tão dependente destes dois tipos de recursos, não cometer os erros costumeiros é fundamental para criar um panorama mais positivo e mais saudável em termos de recursos humanos.

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